O artigo que segue foi retirado do jornal maçônico Huzzé, pertencente à Loja maçônica Amâncio Dantas, o qual foi publicado na 1ª ed. do referido jornal no mês de dezembro de 2010 sob a edição do jornalista, publicitário e acadêmico em Direito Phabiano Santos, o qual também é Maçon e 1º Vigilante da Loja Maçônica Amâncio Dantas, GOB/RN-Oriente Mossoró.
Para Visualizar o artigo de autoria da escritora Edna Duarte Dantas, filha do nosso patrono Amâncio Dantas, conforme publicado nas páginas do jornal informativo maçônico Huzzé, basta clicar sobre o documento localizado logo abaixo do texto aqui exposto.
A MAÇONARIA MISTA E FEMININA
É fato corriqueiro que as origens da Maçonaria se perdem no tempo. Nomes antiquíssimos como Caldéia, Egito, Pérsia, Índia ligam-se àqueles ditos "maçons" - e, consequentemente, outros, como França, Inglaterra, Escócia, tantos mais.
Onde a palavra liberdade, também nos deparamos com a Maçonaria: assim a Bastilha, a Independência das colônias americanas, o nascimento das repúblicas latinas do nosso continente.
Por ser uma sociedade secreta, as falsas idéias, sobre o que é e como age, proliferam. É comum pensarem - talvez, hoje, pela prosperidade do "Grande Oriente" e das "Grandes Lojas" – seja restrita ao ingresso de homens. Isso não corresponde à realidade e nem seria lógico, num mundo onde a igualdade dos sexos se estabelece de forma inquestionável.
No Brasil, mesmo, ainda as mulheres brigando por esses Direitos, em todas as áreas do viver humano, existem lojas maçônicas só de mulheres. Assim como - e aos nossos olhos, bem mais consoantes aos princípios maçônicos de igualdade e fraternidade - funcionam muito mais de sessenta lojas mistas.
Entre aquelas, citamos a Augusta e Respeitável Loja Maçônica Feminina Independente Igualdade, em São Paulo. Foi fundada por Maria Itália Magalhães Tubeto, em 1988. Ali, algumas dezenas de mulheres realizam rituais idênticos aos das lojas masculinas, embora haja uma ênfase especial ao feminino: numa alusão aos rituais medievais, praticam um culto da fertilidade.
O grande número de lojas mistas, no Brasil, pertence à Ordem Maçônica Mista Internacional Le Droit Humain, que afirma a igualdade essencial dos seres humanos - Homem e Mulher. E pretende que eles cheguem a gozar igualmente "em todo o orbe, da justiça social, em uma Humanidade organizada em sociedades livres e fraternais".
Se examinarmos com cuidado a História, torna-se fácil compreender as sérias responsabilidades da Instituição Maçônica e o seu silencioso - na maior parte das vezes - trabalho, em prol do verdadeiro progresso do elemento humano.
Maçonaria não é religião. Não professa dogma algum. Respeita, sim, todas as religiões. Objetivamente, é o agrupamento de todas as correntes filosóficas e iniciáticas do passado. É a Ciência da Evolução, como também é Tradição - liberal e progressiva: os maçons devem ser "as sentinelas avançadas das idades futuras".
Outra palavra que a caracteriza: Fraternidade. Sentimento mantenedor da irmandade, a serviço de todos os homens. Sem o seu cultivo, a árvore maçônica não produzirá frutos substanciais – é uma das primeiras lições. Não só para a Ordem Internacional Mista Le Droit Humain, mas abrangente a todas as outras, o princípio da Fraternidade é nato no coração, "a base da filantropia verdadeira que dá sem buscar recompensa". O sentimento da Fraternidade é um dever maçônico.
E o objetivo da Maçonaria, qual será? - Nada mais, nada menos que o despertar do poder latente em cada ser, e "converter o homem em Deus consciente de sua Divindade sem limitações e dúvidas".
Consideramos que a maior honra para um ser humano é ser maçon. E reafirmamos: é, igualmente, sua maior responsabilidade.
Daí porque José Coelho da Silva, antigo Grão-Mestre do Grande Oriente do Estado do Rio de Janeiro, dizia: "É tão mais difícil expulsar um delinquente da Maçonaria do que impedir o seu ingresso". Nunca será demais, portanto, o alerta para o perigo de se permitir o ingresso, na Maçonaria, de pessoas desqualificadas ou inadequadas. Deve-se buscar uma sindicância cada vez mais rigorosa na seleção de candidatos. Sempre será preferível a "qualidade" e não a "quantidade".
Meu pai, Amâncio Dantas, um verdadeiro obreiro, por mais de cinquenta anos servindo ao Grande Oriente do Brasil e, hoje, no Oriente Eterno, ensinava-me que muitos entram para a Instituição mas nunca foram maçons. Que não o sã o. Inversamente, outros, jamais atravessaram seus Portais: no entanto, vieram ao mundo com o Espírito Maçônico.
Maçon é o que cumpre o seu ideal, não obstante os maus irmãos. Trabalha e tem absoluta confiança no poder da Bondade e da Justiça. Este reconhece o tão propalado "Segredo" - tão raro até para os maçons de graus mais elevados. Pois este prodigioso "Segredo" não se comunica: "sente-se e descobre-se".
Edna Duarte Dantas é advogada, escritora,
cantora, artista plástica, teosofista, rosacruz
e maçona ligada à Ordem Maçônica
Mista Internacional Le Droit Humain
Parabéns querida Irmã Edna Dantas, vamos estreitar os laços de fraternidade.
ResponderExcluirUm abraço frateno,
Ricardo Coelho
Loja Maçônica Aurora Dourda
Espinosa - MG.
Fone: 38 9100-0598 (TIM)
Caro confrade e imortal Ricardo Coelho, estou precisando falar, urgentemente, com a acadêmica Edna Dantas Duarte, sobre literatura e cultura. Pode o amigo me ajudar?
ExcluirO meu e-mail é: cavalcanti.s@hotmail.com