domingo, 13 de fevereiro de 2011

À ESPERA DO MUNDO NOVO

Trazemos, logo abaixo, o belíssimo artigo "À ESPERA DO MUNDO NOVO" do irm. Phabiano Santos, editor do jornal "Huzzé" da Loja Maçônica Amâncio Dantas, Maçom, jornalista, acadêmico de Direito e 1º Vigilante nessa mesma Loja Maçônica, GOB/RN - Oriente Mossoró.

Esse mesmo artigo foi publicado na edição de nº 13 do mês de setembro de 2010 da revista "Universo Maçônico" e também na edição de lançamento do jornal Huzzé no mês de dezembro de 2010, cuja página trazemos para visualização ao final do artigo, para tanto,  basta clicar na imagem.

«Sê corajoso contra as tuas próprias fraquezas.
Sê corajoso para defender a Verdade»


O nosso comportamento assim é pretendido pelo ensinamento da filosofia maçônica, mesmo considerado tópico por muitos, mas amplamente possível se buscarmos viver em equilíbrio e tolerância. É basilar para quem busca superar os óbices do cotidiano, com trabalho, justiça, bom-senso e a Verdade.

Entendo ser essa coragem àquela que nos faz perseguir o sentimento dos dias atuais por justiça social, inclusão profissional, o fim dos preconceitos e a conquista de direitos inalienáveis à cidadania. O homem justo combate a ignorância, a Liberdade oprimida, a corrupção e o crime, e triunfa sem despertar disputas pueris.

O mundo contemporâneo nos cobra hoje, atitudes que a Maçonaria elegeu como primordiais para o equilíbrio do Homem. Infelizmente, por ignorância, os homens agem sem sabedoria e racionalidade necessárias para vencermos as trevas, e isso submete grande par te da Humanidade à escuridão dos males sociais. É preciso purificar a alma do Homem, erradicar seus vícios e devolver a Liberdade para todos os cidadãos.

Há, lá fora, uma luta desigual que abençoa a poucos e martiriza milhares, principalmente os jovens. Há, lá fora, um batalhão deles vitimados pela mais-valia do Homem, impuro e ganancioso, imóvel ante a exclusão social.

Todos os dias essa exclusão faz, no mundo inteiro, centenas de milhares de crianças, adolescentes e jovens ultrajarem a sua alma, o seu espírito e a sua consciência, caminhando drogados e prostituídos, para a catapulta infalível. São pessoas, que vivendo a margem do mundo, se alimentam de ilusões, e entorpecem os seus sonhos. São passageiros da agonia. Faltam-lhes perspectivas, sobram-lhes o ócio e o olhar perdido no horizonte. Como podemos ser felizes se o nosso semelhante agoniza esquálido pelos mesmos ares que respiramos.

São golpes que o progresso do Homem impõe a nós mesmos, e que deveriam nos despertar para a cruel realidade. A nossa garganta, dilacerada, cala, e é preciso que tenhamos voz; os nossos olhos vazam sem luz, e é preciso enxergarmos tudo o que se esconde por trás das cortinas da riqueza e da prosperidade de uns; a nossa cabeça golpeada está tonta, quando precisamos da Razão para agir.

O poder e o dinheiro dos ignorantes e intolerantes causam a instabilidade familiar e a dificuldade econômica; excluem os Homens do convívio social; por fim, sem perspectivas, oferecem como uma única saída para a sobrevivência de alguns dias o banditismo, a marginalidade, que abrevia seu tempo e afugenta a sua honra e a sua dignidade.

E o que nós temos de fazer? Ver na Vingança e na Lei do Talião a saída para tudo isso, aumentando o fosso do desequilíbrio entre nós e prosperando ainda mais o litígio, a ignorância, o ódio? Ou devemos desembainhar nossas Espadas para a luta contra a ignorância, pela causa de todos os que estão mergulhados nas trevas; pela causa da civilização contra a barbárie?

Buscar a Verdade é a nossa tarefa primeira, descobrindo a realidade do Homem e cobrando justiça para todos. Temos de nela combater os vícios que dilacera a família. E pra isso, temos de fortalecer a Maçonaria e seus Homens, cobrar do Poder Público políticas sociais sérias e comprometidas com o conjunto social. Temos de trabalhar, trabalhar muito, para mostrarmos o caminho do valor quer cada um temos de nós, independente de classe social, de credos e raças, de pouco ou muito saber, pois a Maçonaria abriga em si a igualdade entre os irmãos, sabendo que cada um dá o melhor que possuis, seja em sábias idéias ou em atividades laboriosas, desde que a sua ação tenha caráter reto, honesto, justo e tolerante.

Se somos poucos contra um batalhão de ignorantes, nos multipliquemos; conquistemos mais e mais adeptos, mais admiradores; levemos nossa mensagem após os muros; e assim, com trabalho e persistência, alcançaremos os nossos objetivos.

Se a nossa luta tiver salvado uma alma, somente uma, terá valido a pena.

Phabiano Santos é jornalista, publicitário
e acadêmico de Direito. Maçom e 1º
Vigilante da Loja Amâncio Dantas,
GOB/RN – Oriente Mossoró.




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