A população brasileira se sente mais segura em casa, onde 60% dos moradores declararam usar algum dispositivo de segurança, revelou pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada hoje (15). O documento mostra que à medida que o cidadão se afasta do lar, mais temeroso fica.
O levantamento foi realizado nos 12 meses anteriores a setembro de 2009 e entrevistou pessoas com mais de 10 anos. Além de informações sobre vitimização e justiça, como perfil das vítimas de agressão, o estudo investigou a sensação de proteção em relação ao local de domicílio dos brasileiros e os equipamentos de segurança mais utilizados nas residências.
A pesquisa revela que 78,6% da população, estimada em 127,9 milhões de pessoas, sentia-se segura no local de moradia, onde estavam instaladas grades nas portas ou nas janelas de 35,7% dos lares. No mesmo bairro, fora de casa, o percentual de segurança foi declarado por 67,1% dos entrevistados e na cidade, um pouco mais da metade se sentia segura: 52,8%.
A pesquisa também constatou diferenças em relação à sensação de segurança entre moradores de áreas urbanas e rurais. Os residentes no campo se sentem mais protegidos em suas cidades: 69,3% ante 49,7% dos moradores de centros urbanos. Esses, por sua vez, usam mais dispositivos de segurança em casa, com exceção do cachorro, que está em 10% das casas da zonas rurais.
"O sentimento de que é possível sofrer violência aumenta nas regiões metropolitanas. Isso faz com que as pessoas se protejam mais, com grades, olho mágico, fechaduras especiais, ou seja, tentam se proteger de alguma forma", informou o gerente da pesquisa do IBGE, Cimar Azeredo.
Entre as regiões do país, o percentual da sensação de segurança variou. No Norte, as pessoas se sentem menos seguras que nas demais regiões (no domicílio 78,6%, no bairro 59,8% e 48,2% na cidade). Por outro lado, no Sul, os percentuais são de 85,9%, 72,6% e 60,5%, respectivamente.
De acordo com o IBGE, homens, jovens e pessoas com renda domiciliar mensal per capta mais elevada se sentem mais seguros que os demais na cidade onde vivem.
Edição: Lílian Beraldo
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br
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