segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A BÍBLIA NA MAÇONARIA E SALMO 133

A Bíblia é uma das três Luzes emblemáticas na Maçonaria, postadas sobre o Altar dos Juramentos, seguida do Compasso e do Esquadro. O Compasso e Esquadro têm seus significados muito bem definidos nas instruções dos nossos Rituais Maçônicos e são importantes na posição do sublime Altar que ocupam.
Todas essas Luzes são importantes, mais a temática do texto, pede destacar o LIVRO DA LEI, eis, que ali está a Bíblia Sagrada, usada em muitas religiões e seitas no mundo. O LIVRO DA LEI como é chamado na Arte Real, é parte indispensável entre os utensílios de uma Loja Maçônica, conforme determina o artigo XXI do Landmark, embora ele não exija que seja necessariamente a Bíblia. Isto faz com que a escolha varie entre Potências Maçônicas, de País para País, dependendo da profissão de fé da maioria dos obreiros de uma Loja, podendo por tanto ser escolhido outro Livro Sagrado, tal como, o Alcorão, o Torah, o Vedas, Talmud, etc. Essa liberdade de escolha é um testemunho da imparcialidade religiosa da Maçonaria.
O Ato da abertura do LIVRO DA LEI não acontece por acaso. Esta cerimônia, além de marcar oficialmente o início dos trabalhos da Oficina, investe-se ainda de transcendental importância, uma vez que simboliza a presença do Grande Arquiteto do Universo, significando que a partir daí, a Loja sai das trevas e recebe a influência do Poder Iluminativo Divino.
No Brasil, como a maioria das pessoas, praticam a Religião Cristã e a Maçonaria brasileira adotou o uso da Bíblia Sagrada como Código da Moral, da Ética e da Fé. Assim nos diferentes Graus, são feitas reflexões à luz dos seus versículos, embora eles se deixem variar, pois os usos e costumes maçônicos nem sempre são constantes e universais.
A Bíblia é o livro mais preferido do mundo e por isso já em 1.685 idiomas. Ela não se resume apenas em um livro, mas num conjunto de escritos que formam o Antigo e Novo Testamento.
Nossos exemplares ritualísticos do REAA, determinam, em sua página 62, a leitura do SALMO 133, no Grau de Aprendiz Maçom. "Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes. É como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião. Ali, ordena o SENHOR a sua bênção e a vida para sempre."(Salmos 133:1-3 RA)
Este Salmo foi escrito pelo rei David e foi denominado como o Salmo da União e da concórdia fraterna. Ele vem do Saltério Judaico. Essa coletânea de poemas líricos era cantado pelos adoradores durante seus ofícios divinos, quando na comemoração das suas mais importantes festas como: a Festa dos Tabernáculos e dos Pentecostes.
O hinário constante do Saltério Judaico era desprovido de rima e composto de 150 salmos, divididos em cinco livros, sendo que os mais importantes abrangem os Salmos 120 a 134, denominados Salmos de Romagem ou de peregrinação, onde o encontra-se aí o SALMO 133.
Tenta-se de aqui proceder, uma análise deste Salmo, procurando destacar os principais pontos de seu contexto literário.
Logo no seu início verifica-se a importância da união entre os povos. Este ensinamento induz ao Maçom a cultivar o mérito do bem viver, já que a união e a fraternidade são as maiores tradições maçônicas que chegaram até nós.
Em seguida ver-se a citação sobre “ o óleo precioso derramado sobre a cabeça de Aarão”. Ali é feita uma referência à cerimônia de consagração do ofício sacerdotal. Este óleo, a época, era um precioso ungüento de nardo genuíno , de odor agradável, cujo aroma exalava um delicioso perfume, no momento da Santa Unção, quando então o sumo sacerdote inclina sua cabeça deixando que o azeite sagrado escorra sobre sua barba, indo até à barra de sua vestimenta talar.
Nessa parte do texto, o salmista quis fazer uma comparação, ao orvalho existente na cadeia de montes localizados parcialmente em Israel, nos limites entre a Palestina, a Síria e o Líbano. Ali é avistado o Monte de Hermon (Sagrado, em hebraico, e, muitas citações bíblicas, Sl-89, Jz 3.3 a Mt 17.1), que possui 2.760 metros de altitude, cujo cume é cercado por neves eternas, que com a ajuda dos fortes ventos que sopram naquela região, ocasiona a precipitação de um refrescante orvalho que umedece àquelas terras ressequidas do deserto, atingindo os Montes de Sião, muito embora este esteja localizado a 150 quilômetros de distância.
O mais alto cume dos montes de Sião possui 700 metros de altitude e é lá as nascentes do Rio Jordão. Sião era uma cidade próxima a Jerusalém. Em 1058 a.C., ela foi tomada por David, que ali introduzir a Arca da Aliança e preparou o material e o plano para a construção do Templo Sagrado, que somente mais tarde foi executado por seu filho, o rei Salomão.
Apesar da Maçonaria não ser uma religião, seu sistema doutrinário é propício a condução do homem as sua origens divinas, através do culto ao Grande Arquiteto do Universo e o cultivo à espiritualidade. Compete levar a sério tais ensinamentos e continuar trabalhando pelo aperfeiçoamento das criaturas humanas, estendo a todos o espírito de união fraterna, como verdadeiro partícipe de Deus, para merecer que o GADU faça a parte que toca e, der-nos sua bençõa e a vida para sempre.
Texto do Ir:. Manoel de Souza Carmo – ARLS Deus e Crateús nº 20, baseado na Bibliografia acima, postado Blog: ms-carmo.gmail.com


Bibliografia: Símbolos Maçônicos e Suas Origens – Assis Carvalho – Editora Maçônica “Trolha” Ltda, Edição 1990; Pequena Enciclopédia Bíblica - ORLANDO BOYER; Informativo da ARLS Cláudio Neves, do Oriente de Minas Gerais; Wikipédia – Monte Hermon;

Um comentário:

  1. existe varios tronos no universo, mas a biblia diz que só um é dominante e eterno na terra, a biblia fala que reinos vem, reinos vai, mais um ninguem pode derruba-lo, nem homens, nem divindades, nem potestades, o trono deste não é na terra mais sim

    ISAIAS [6]
    1 No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e [sublime] trono, e as orlas do seu manto enchiam o templo.

    Esse é Jesus o Rei das potestades

    APOCALIPSE [1]
    14 e a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve; e os seus olhos como chama de fogo;

    www.assembleiabelem.br22.com

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